terça-feira, 4 de setembro de 2012

“Super-Mulheres”: as protagonistas do século XXI



Porque as generalizações conduzem a conclusões sem fundamento, começo por esclarecer que me debruço sobre uma realidade permeável a excepções. Ressalvo ainda que apenas pretendo o reconhecimento de quem corporiza o descrito e nunca desvalorizar quem não se revê.

Comecemos então a desvendar o paradigma feminino para o século XXI: líderes na esfera profissional, social e familiar (isto numa sociedade onde continuam a persistir obstáculos para a sua afirmação) eis que surgem as «Super-Mulheres».

As protagonistas são profissionais de sucesso, esposas (e amantes) dedicadas, mães exemplares e donas de casa irrepreensíveis. Social e culturalmente activas, têm ainda especial cuidado com a sua imagem. Porque o dia tem apenas vinte e quatro horas, conciliar tudo isto revela-se extraordinariamente difícil.

Dirão vocês que contam com ajuda. Digo-vos então que, ainda assim, a tarefa não fica facilitada. Os desafios que enfrentam diariamente representam um desmedido desgaste físico e psicológico. Ora vejamos:

A nível profissional, pelos cargos de grande responsabilidade que ocupam (muitas delas de chefia), deparam-se com a exigência de um universo empresarial onde não há lugar para fraquezas. Produtividade é a palavra de ordem.

Já a nível familiar os seus imperativos são educar os filhos e cuidar dos maridos. Para além disso, cumprem ainda as várias tarefas domésticas. Importa igualmente referir o implacável escrutínio a que estão sujeitas por parte de algumas mães e sogras.

Social e culturalmente activas, estas mulheres mantém-se diariamente informadas, têm presença assídua em eventos artísticos e culturais e ainda apoiam causas sociais. Destacando-se pelas suas convicções e qualidades, chegam mesmo a ser líderes de opinião em determinados círculos.

Dada a ditadura da imagem imposta pela sociedade, a «Super-Mulher» preenche ainda parte da sua agenda com uma série de rotinas em prol de uma imagem cuidada (ginásio, etc).

Com esta breve descrição percebemos que a resiliência é o suporte destas mulheres que assumem, com o compromisso e a exigência implícita, o poder em casa, no trabalho, na sociedade e na política.

Fica claro que esta mudança exige reajustamentos na mentalidade masculina. O homem tem agora de se adaptar à concorrência em espaços que outrora ocupou por "direito” e entregar o poder, partilhar o prazer e ajudar no cumprimento de funções que anteriormente se consideravam exclusivas às mulheres.

Porque em poucas décadas quebraram duras barreiras, é seguro afirmar que o século XXI será protagonizado por esses incompreensíveis e fascinantes seres - as mulheres.

1 comentários:

Diário Despojado disse...

:) andaste a ler o meu blogue hoje?
hehe GOSTEI!

 
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