sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Quotas para mulheres? Não, elas não precisam!




Foi passada no Parlamento, com votos favoráveis do PS e do PSD, uma medida que considero perniciosa. Serão impostas quotas de 40% para mulheres, para a administração não-executiva das empresas cotadas em bolsa.

É difícil concordar com esta medida, por algumas razões:

1) É uma inaceitável tentativa de um organismo político se intrometer em decisões de empresas privadas. A gestão das mesmas terá condicionada, agora a critérios decretados e não a outros, mais ponderados. 

2) Discriminação positiva, reverte sempre em discriminação negativa. Imaginemos que um homem (e até o vou por nos termos de um homem estigmatizado pela sociedade: negro, homossexual e maneta) concorre com uma mulher e até tem um melhor CV. Mas devido a estas quotas, este melhor candidato, não tem a mínima hipótese. 

3) E já que falámos em quotas, porque não quotas para minorias étnicas, sexuais e carecas?

4) Finalmente, e o argumento que para mim tem mais força é que as mulheres não precisam de quotas. As mulheres já têm vindo conquistar o principal (e por mérito próprio, inteligência, dedicação e esforço). São a maioria no Ensino Superior, por exemplo. Será difícil travar esta "Revolução Sexual". Daí achar que isto era desnecessário. 

Prevejo que ainda chegará o dia (claro que é uma previsão a longo-longo prazo) em que seremos confrontados com a imposição de quotas masculinas. Mas aí defenderei esta visão (de uma mulher, neste caso), desta forma:

Não deve haver nada mais gratificante para uma mulher do que saber que conseguiu ultrapassar um indivíduo do sexo masculino graças a legislação coercitiva dos sempre bem-intencionados engenheiros sociais.

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